15 de dez. de 2009

EAD de ANTROPOLOGIA - aula 13

Faça uma crítica ao termo raça e aponte o papel da negritude brasileira em nossa formação sócio-cultural.

Raça. Todos nós pertencemos à mesma raça. Temos sim, etnias diferentes. Fato este que não deveria ser usado sob hipótese alguma como condição de exclusão.
Devemos muitos aspectos da nossa cultura aos povos africanos, trazidos para o Brazil contra a sua vontade. Por exemplo, a capoeira. Como todos sabem, originada no Brazil, mas o que poucos sabem é que foi criada pelos escravos vindos da Angola. Podemos perceber então, que nossas raízes sócio-culturias estão largamente baseadas nos povos africanos.



Pedagogia Social
Seminário a respeito do livro Educação Social e Psicologia – Sueli Caro

O livro trata do assunto da Educação Social nos espaços formais e não-formais. Fala sobre a formação (ou a falta da mesma) dos Educadores Sociais. Abrange também o aspecto psicológico do educador, relevando a importância de seu perfil psicológico e de seu reconhecimento e valorização no processo educativo.

A grande maioria dos educadores sociais que encontramos hoje em dia não tem uma formação específica. Por exemplo, um professor de SASE que vai fazer uma oficina de música talvez saiba muito o conteúdo, mas não conhece a mediação, e, portanto, terá mais dificuldade em realizar o seu trabalho.

O educador social, por lidar com sujeitos em situações de fragilidade social e emocional, tem que ter muito claro os seus objetivos, desejos, etc. O educador social precisa ter muito claro o seu papel como profissional e como pessoa. Gusmão (1988) Considera que a falta de clareza sobre si mesmo, sobre seu processo interior, poderá conduzir o coordenador de grupos de educação popular a uma postura inadequada diante da comunidade.



Livro: GÊNERO, SEXUALIDADE E EDUCAÇÃO:
Autora: Guacira Lopes Louro

“Estar atenta ao intolerável” – critério significativo para alguém reconhecer o que vale a pena colocar em primeiro plano em sua vida, em suas reflexões e ações. Desprezar alguém por ser gay ou por ser lésbica na visão da autora é intolerável. No entanto, na nossa sociedade, essa parece ser uma atitude comum, corriqueira, talvez mesmo “compreensível”.
Conviver com um sistema de leis, de normas e de preceitos jurídicos, religiosos, morais ou educacionais que discriminam sujeitos porque suas práticas amorosas e sexuais não são heterossexuais para a autora é intolerável. Mas esse quadro parece representar, em linhas mais ou menos gerais, a sociedade brasileira. Por isso, sente-se autorizada a afirmar que a sexualidade ou as tensões em torno da sexualidade constituem-se numa questão que vale a pena colocar em primeiro plano.
Vale a pena observar também, imediatamente, que o que se coloca aqui é mais do que um problema de atitude. Esta é uma questão que se enraíza e se constitui nas instituições, nas normas, nos discursos, nas práticas que circulam e dão sentido a uma sociedade – neste caso, a nossa. As formas de viver a sexualidade, de experimentar prazeres e desejos, mais do que problemas ou questões de indivíduos, precisam ser compreendidas como problemas ou questões da sociedade e da cultura.
Entendo que a autora falando no intolerável estava se referindo ao preconceito. Por isso acredito que o preconceito é sim uma questão cultural e está mais enraizado em nós, do que podemos imaginar, não apenas o preconceito de raça, sexo e gênero, mas todo preconceito sobre o que nos é diferente. E isso só vai acabar quando aprendermos a encarar nossas próprias limitações e dificuldades com mais naturalidade, sendo possível assim, olhar o próximo com compaixão e sem julgamentos.


Letícia Jardim - PDN 21
15/12/2009

14 de dez. de 2009

Didática e Mediação Pedagógica

A interação professor-aluno


A análise dos relacionamentos entre professor e aluno envolve interesses e intenções. A interação estabelecida entre os dois,caracteriza-se pela seleção de conteúdos, organização, sistematização didática para facilitar o aprendizado dos alunos e exposição onde o professor demonstrará seus conteúdos. Segundo GADOTTI (1999: 2), o educador para pôr em prática o diálogo, não deve colocar-se na posição de detentor do saber, deve antes, colocar-se na posição de quem não sabe tudo, reconhecendo que mesmo um analfabeto é portador do conhecimento mais importante: o da vida. Desta maneira, o aprender se torna mais interessante quando o aluno se sente competente pelas atitudes e métodos de motivação em sala de aula.
O prazer pelo aprender não é uma atividade que surge espontaneamente nos alunos, pois, não é uma tarefa que cumprem com satisfação, sendo em alguns casos encarada como obrigação. Para que isto possa ser melhor cultivado, o professor deve despertar a curiosidade dos alunos, acompanhando suas ações no desenvolver das atividades. O professor não deve preocupar-se somente com o conhecimento através da absorção de informações, mas também pelo processo de construção da cidadania do aluno. Mas para que isto ocorra, é necessária a conscientização do professor de que seu papel é de facilitador de aprendizagem, aberto às novas experiências, procurando compreender, numa relação empática, também os sentimentos e os problemas de seus alunos e tentar levá-los à auto-realização. De maneira, não podemos pensar que a construção do conhecimento é entendida como individual. O conhecimento é produto da atividade e do conhecimento humano marcado social e culturalmente.
O papel do professor consiste em agir com intermediário entre os conteúdos da aprendizagem e a atividade construtiva para assimilação. Segundo FREIRE (1996: 96), “o bom professor é o que consegue, enquanto fala, trazer o aluno até a intimidade do movimento do seu pensamento. Sua aula é assim um desafio e não uma cantiga de ninar. Seus alunos cansam, não dormem. Cansam porque acompanham as idas e vindas de seu pensamento, surpreendem suas pausas, suas dúvidas, suas incertezas”.
Ainda segundo o autor, “o professor autoritário, o professor licencioso, o professor competente, sério, o professor incompetente, irresponsável, o professor amoroso da vida e das gentes, o professor mal-amado, sempre com raiva do mundo e das pessoas, frio, burocrático, racionalista, nenhum deles passa pelos alunos sem deixar sua marca”.
Logo, a relação entre professor e aluno depende, fundamentalmente, do clima estabelecido pelo professor, da relação empática com seus alunos, de sua capacidade de ouvir, refletir e discutir o nível de compreensão dos alunos e da criação das pontes entre o seu conhecimento e o deles. Indica também, que o professor, educador da era industrial com raras exceções, deve buscar educar para as mudanças, para a autonomia, para a liberdade possível numa abordagem global, trabalhando o lado positivo dos alunos e para a formação de um ser humano cada vez melhor.
Letícia Jardim
26/11/2009
Mais uma poesia na onibus para refletirmos:


Quem são? - por Marisa Cardoso Piedras

Quem são estas crianças?
Com seus olhos baços e mortiços
Que mendigam pelos guetos, pelos becos...
Pelas ruas sem saídas de suas vidas.

Quem são, essas crianças?
Que nos olham com seus olhos velhos,
Com seus rostos opacos e sonhos mortos,
De esperanças de uma vida risonha e feliz.
Quem são, essas crianças?
Que nos atacam nas esquinas e se escondem da infância,
E nós fingimos não ver para não sofrer.

Quem são essas crianças?
Que vão passando pela vida sem levar nada.
E nós, deixando de olhar para não sentir.




Atividade de Antropologia - aula 11
Comente resumidamente (em no máximo 10 linhas) como você analisa a condição social dos diferentes grupos indígenas na sociedade brasileira.

Penso que toda e qualquer cultura deve ser preservada. Em particular a cultura indígena deveria ser por nós mais valorizada por tratar-se da raíz da nossa sociedade.
Hoje em dia, a condição social dos grupos indígenas está ameaçada. Nas reservas, eles ainda conseguem preservar um pouco de sua cultura, mas infelizmente, muito já foi perdido. Mas e os índios que vivem perto ou até dentro das metrópoles e áreas urbanas, que destino lhes aguarda? Estes são obrigados a se "ajustar" às normas de nossa sociedade, em que vale a lei dos mais fortes e toda e qualquer cultura diferente da nossa é considerada primitiva e inapropriada - fato este que podemos perceber facilmente fazendo uma retrospectiva histórica. A estes grupos só lhes resta convencionar-se com a cultura dominante, e esperar por "esmolas" do governo.


Deixo como reflexão está poesia com a qual me deparei em um onibus de Porto Alegre:

A cor da cota - por Felipe Lopes Campos

Não é negra.
Não é índia.
Não é pobre.

A cor da cota é caos.

Quilombo
Oca
Favela

A cor da cota... aquarela
Pintada nas cores do carnaval.

Bullying nas Escolas


Este semestre estudamos um assunto muito pertinente à Educação: bullying. É um termo inglês utilizado para caracterizar as formas físicas e psicológicas de violência. È praticado, geralmente, entre crianças e adolescentes, mas também pode ocorrer entre adultos. O local onde isto mais acontece e onde causa maior preocupação é na escola. O bullying pode ser manifestado de várias formas, como: humilhação, xingamentos, apelidos ofensivos, exclusão, fofoca, racismo ou até mesmo violência física. O bullying geralmente atinge crianças consideradas “diferentes”: com problemas de peso, com alguma deficiência, diferença de cor, diferença de comportamento, etc.
Apesar de não ser uma novidade, o bullying está ganhando visibilidade por conta de teóricos alertarem sobre a gravidade da situação. Eles alegam que a violência psicológica pode ser mais grave que a física. Muitas vezes o bullying não chega a ser percebido pelos professores, diretores e família dos envolvido. Dessa forma, ele pode ser muito mais sutil, mas muito grave. Pois os “traumas” causados por ele não são facilmente esquecidos, podendo ocasionar sérios transtornos nas vítimas.
É preciso que a escola, em conjunto com as comunidades, se posicione a respeito do bullying e não ignore e finge que o mesmo não acontece ou que é “coisa de criança”. É preciso trabalhar este assunto na sala de aula com os alunos, através de palestras, trabalhos, etc.